Episódio de Hoje:
AS LENDÁRIAS CABEÇAS DA HIDRALukas atacou Ayros com as correntes de Andrômeda, mas o Planetário, com suas ondas de calor, fez as correntes serem paralisadas no ar. Ezequiel, então, aproveitou a distração do rival e tentou chutá-lo na face, mas ele foi mais rápido e desferiu um forte soco no prateado de Perseu.
— É, você é duro na queda — disse Zeq.
— Vamos atacá-los em conjunto, Zeq.
Ele olhou contrariadamente, mas assentiu. Ezequiel elevou o cosmo, assim como Lukas. Os golpes unidos: Onda Relâmpago e Gárgula Demoníaca finalmente abalaram a calma de Ayros, que caiu derrubando um dos pilares do grande templo.
— Vocês são seres inferiores, como ousam tentar me vencer? Não os matei da primeira vez, mas agora estejam prontos! OS MIL GRAAAAUS!
— Corrente Nebulosaaaaa!
— Escudo da Medusaaaaaaaa!
Outra vez, os cavaleiros de Atena conseguiram bloquear o ataque do Mercúrio.
— Inferno! Vocês me irritam em ter que usar esse golpe secreto...
— Ele tá blefando — suspeitou Ezequiel.
Mas a corrente quadrada de Lukas mostrou o contrário. Agitada, a corrente mostrava ao seu dono que o cosmo do adversário atingia um nível muito superior.
— Essa não... Cuidado, Zeeeq!
— MAGMA DO INFERNO SEPULCRAAAAL!
Ezequiel e Lukas tentaram conter o golpe, mas a força da rajada foi esmagadora, detonando os cavaleiros de Atena.
— Hum! Agora posso liquidar os últimos insolentes cavaleiros de Atena.
Ayros cerrou os punhos e se preparou para arrancar os corações de Ezequiel e Lukas, que agonizavam no solo que pelava a mais de 100 graus centígrados.
— Pare já, miserável!
— Você não estava morto?
— Hahaha! É verdade que o calor infernal desse templo não faz bem a mim. Acabei perdendo os sentidos... Mas o seu golpe não faz efeito em um cavaleiro do gelo. Minha temperatura interna é gélida; todo o seu calor é anulado pelo frio da Aurora que percorre todas as minhas células. Sou o único cavaleiro no mundo capaz de controlar o zero absoluto. Nessa temperatura, de 273 graus negativos, qualquer átomo para completamente. Em outra palavras: o seu golpe é totalmente inútil contra mim.
— A-aquário. V-você... nos salvou — disse Zeq.
— Cale-se, aprendiz. Vocês deveriam ter força o bastante para lidar com esse tipo de cavaleiro, já que alcançaram o sétimo sentido recentemente. Por que agora não estão lutando como se deve? Usando a cabeça. Usarei o meu ar frio para salvar os outros, mas ficarei sem forças por algum tempo. Então cabe a vocês vencer esse lixo... — Hyoga, como sempre, mostrava-se arrogante.
— O que foi que você disse?
Hyoga, que se afastou de Ayros ignorando-o completamente, elevou o seu magnífico cosmo de cavaleiro de ouro de Aquário. Sentindo-se humilhado e incentivado por aquele grande cosmo, Zeq e Lukas se ergueram. Hyoga alcançou o zero absoluto e congelou todo o templo de Mercúrio. Com isso, a maldição de Ayros, que já envenenava os corpos dos outros cavaleiros desmaiados, foi anulada. Hyoga caiu desmaiado.
— Aaaaaaah! Hyoga de Aquário, seu sacrifício não será em vão. — Ezequiel intensificou o seu cosmo.
— Aaaaah! Juntos acabaremos com ele, Zeq!
— Sim!
Ayros também não deixou barato e conseguiu elevar seu cosmo flamejante, tornando a esquentar o templo.
— ONDA RELÂMPAGOOOOOOOOO!
— GÁRGULA DEMONÍACAAAAAAAA!
— MAGMA DO INFERNO SEPULCRAAAAAL!
Ayros, o Planetário de Mercúrio era um guerreiro de nível altíssimo. Seu cosmo do magma ardente foi capaz de queimar quase todos os cavaleiros. Mas, com Ezequiel e Lukas alcançando um cosmo que nem mesmo os seus corpos eram capazes de suportar, Mercúrio caiu morto, mesmo sendo capaz de ferir os cavaleiros atenienses.
Lá, ao longe, em uma câmara situada além do templo de Plutão, o portal para o Olimpo começou a se abrir.
— Zeq, meu querido discípulo, você lutou formidavelmente — disse sua mestra June.
— Assim como você, Lukas. Foi emocionante te ver crescer...
— Mas cavaleiro de Virgem, como você viu a luta se estava desmaiado e assim como nós foi salvo pelo Aquário? — questionou o cavaleiro Luis de Hidra.
A resposta veio de Seiya, que surgiu atrás: — Nós não fomos atingidos pelo golpe do Mercúrio. Fingimos ter desmaiado de propósito, para que vocês, cavaleiros de bronze e prata, pudessem amadurecer sozinhos.
Matheus, Eduardo, Wander, Luis, Daniel e Ednael ficaram perplexos.
— Mas por que o meu mestre teve que salvar a todos nós? — perguntou Daniel, se sentindo humilhado por ser um guerreiro do gelo, mas não ter podido fazer nada para ajudar os amigos.
— O que o Hyoga falou foi para fazer despertar o sétimo sentido em Ezequiel e Lukas, que lutavam contra o Mercúrio. — explicou Shiryu.
De repente, de uma só vez, os cavaleiros de bronze viram o quão incríveis eram aqueles cavaleiros de ouro lendários, que venceram Deuses como Poseidon e Hades décadas atrás.
— Zeq... Lukas... Ver vocês lutando nesse nível me deixou com os brios feridos. Prometo me esforçar pra derrotar os Planetários! — Wander cerrou o punho.
Os cavaleiros de bronze, tirando os desmaiados Zeq e Lukas, partiram na frente dos cavaleiros de ouro e de Shina e Marin. Agora, mais do que nunca, queriam mostrar o seu valor para os seus superiores, para Atena, e para si mesmos.
— Seiya, vendo esses meninos lutando com tanta gana e energia, me lembrei de vocês antigamente — um sorriso por baixo da máscara de Marin nasceu genuinamente. Seiya também sorriu.
June e Shun tocaram nos pontos vitais de seus respectivos discípulos, estancando a hemorragia. Sobreviveriam, mas seria a força dos seus cosmos que mostraria quando iriam acordar.
Enquanto corriam pela escadaria que separava os dois primeiros templos, os cavaleiros de bronze, mais confiantes do que nunca, faziam planos de quantos segundos duraria o próximo cavaleiro que lutasse contra eles.
Depois de percorrerem muitos degraus em velocidade acelerada, eis que finalmente vislumbravam o segundo grande desafio até o portal.
Entraram no templo de Vênus com a confiança renovada. E logo na entrada viram a pessoa que protegia aquele lugar.
— Olá, crianças. Então vocês são os infelizes que vieram brincar com Jediah de Vênus, discípula da grande Deusa Afrodite?
— Desculpe a honestidade, mas para discípula da Deusa da Beleza, você não faz muito jus a ela... — falou Luis, que não tinha papas na língua.
— Desbocado... Você também não é agradável de se olhar, inseto.
— Inseto? Não me ofende, não, sua bruxa!
— Não tenho paciência pra esse tipinho de discussão — começou Daniel. — Além do mais, esse templo ainda consegue ser bem mais quente que o anterior. Acabarei morrendo se passar dez minutos aqui. Vou seguir para o próximo templo, o da Terra, que está vazio, e depois para o de Marte.
— Ninguém sai vivo daqui, menino.
— Pode sair, Daniel. Essa baranga mexeu comigo. Virou coisa pessoal! Lutarei sozinhoooo! — gritou o furioso cavaleiro de Hidra.
— Hahahahaha! Criança inocente.
— Garraaaas de Hidraaaaaa!
Com apenas o dedo mindinho, Jediah conteve a investida de Luis. Mas quando olhou para trás, os outros cavaleiros já fugiam para o templo da Terra.
— Ninguém fogeeeee! RENDIÇÃO DE JADEEEE!
O golpe foi contido pelo poderoso escudo de Dragão, de Ednael, que já fugia para o terceiro templo, o da Terra.
— Droga! Se eu não impedisse esse ataque, todos estaríamos mortos. E esse calor não é natural... Já começo a me sentir tonto.
— Arf! Arf! — Luis também dava sinais de fraqueza naquele calor que era muito superior ao do templo de Mercúrio.
Um terceiro cavaleiro decidiu que ficaria para enfrentar Jediah de Vênus.
— Sou o mais apto a ficar aqui. Eu, Wander de Fênix, fui treinado pelo grande Ikki, que se tornou cavaleiro na extinta Ilha da Rainha da Morte. A minha armadura de Fênix nasceu em temperaturas mais altas do que essa, então posso aguentar este combate sem maiores problemas.
Enquanto isso, Daniel, Eduardo e Matheus seguiram direto pela escadaria que os levaria ao templo da Terra.
— Está certo... Se é para matar vocês três e depois liquidar os miseráveis que escaparam, tudo bem.
— Hehehe! Você fala demais para uma mulher feia. — disse Wander.
— Parem de me chamar de feia! Você não imagina o estigma que é carregar esse fardo por conta de minha mestra Afrodite, que é o ser vivo mais belo do universo...
— Hahahaha! Não sou só eu que te acho feia pra cacete, sua bruxa — continuou Luis.
Ednael sentia-se um pouco constrangido pela insistência de Luis, um cavaleiro que não se preocupava com etiqueta.
— Lhes garanto que o poder do meu cosmo é imenso, independentemente de minha beleza.
— Interessante... — começou Wander. — Essa temperatura tão alta me lembra o vulcão da Ilha Canon. Onde o meu mestre vai para fortificar o seu cosmo. Também fui lá uma vez, para minha armadura ficar mais poderosa. Posso lhe dizer, Vênus, que me sinto muito bem e leve lutando aqui dentro. Até acho que o poder do meu golpe aumentou aqui...
— Pois lhe desafio! Assim como parei o poder da Hidra com um dedo, pararei o seu. Topa?
— Claro! — e sorriu.
Wander elevou o seu cosmo e soltou o lendário: AVEEEEE FÊNIIIIIX!!!!! E ele não esteve errado; Jediah tentou contê-lo com um dedo, viu que não era o bastante, depois abriu uma mão, duas, mas o Avê Fênix de Wander, muito mais poderoso do que da última vez, quebrou o elmo da Planetária e a fez sangrar.
— É-é in...crível. Como pode ter tanto poder sendo um simples cavaleiro de bronze? — ela se surpreendeu.
— O cosmo do meu coração agora é outro. Sei que acabaremos com vocês, um a um!
Ednael e Luis também se motivaram mais, mesmo com aquele calor insuportável dominando suas forças. Ed resistia um pouco mais, graças à constelação de dragão, uma estrela flamejante.
— O Wander falou a verdade. Já é hora de pararmos de brincar, jaburu! Vou lhe mostrar o verdadeiro golpe de Luis Hidra!
O cosmo de Luis se inflou em um nível muito acima do esperado. Jediah se assustou. Que tipo de poder aquele cavaleiro desbocado estava escondendo?
— Pode vir, seu parasita! Confesso que eu, a belíssima Jediah, subestimei vocês no começo, mas vou lutar como se vocês fossem inimigos mortais.
Luis de Hidra continuava aquecendo o seu cosmo. Furioso, olhou para Vênus e soltou o seu golpe secreto:
— SETE VIDAS DE HIDRAAAAAAA!
Todos se prepararam para o grande choque, principalmente Jediah. Mas, curiosamente, nada aconteceu.
— Que palhaçada é essa? Concentrou o cosmo e não saiu NADA? Ahahaha! Você me dá pena, rapaz.
Luis fez cara de tristeza.
— Maldita! Não permitirei que ria do meu amigooooo! — o cosmo do dragão se incendiou. — CÓLERA DO DRAGÃÃÃOOOOOOOO!
Mas Jediah conteve a investida com apenas um golpe.
— Vocês escaparam da morte uma vez, mas agora não terei piedade: RENDIÇÃO DE JADEEEEE!
Os três cavaleiros de bronze foram duramente golpeados pelos cristais esverdeados que tocavam nos corpos e queimavam como a picada de uma caravela e doíam como a toxina da jararaca. Wander, Luis e Ednael viam que aquela mulher, de fato, era mais poderosa do que haviam imaginado inicialmente.
— Vou castigar vocês de forma lenta e gradual, até que cada um sofra bastante até morrer.
— Vo-você continua sendo uma bruaca feia! Nunca vai se comparar à beleza da Deusa Afrodite! — resmungou Luis.
— Grrrr! Mas quem disse que quero me comparar à minha mestra e musa? Afrodite é tudo pra mim, seu homem feio!
— Já entendi... Você tem aversão aos homens, não é? — ele continuou provocando.
— Se quer saber, é isso mesmo! Desde que ainda era uma simples mortal como vocês, tinha NOJO de homens! Mulheres são tudo, principalmente Afrodite, a minha divindade!
— Pois ela teria aversão em saber que você pensa nela dessa forma, sua feiosa ridícula!
Jediah se enfezou novamente, pegando Luis pela gola da camiseta e o erguendo. Irada, esbravejou:
— Pela sua ousadia, será o primeiro a morrer! REND-
Mas foi então que a brecha que ele estava esperando, finalmente aconteceu. Luis, que estava tentando chatear a Planetária ao máximo, conseguiu agarrá-la por trás, tornando impossível que ela aplicasse o golpe ao mesmo se movesse com destreza.
— Wandeeeer, agoraaaaaa! Acabe com elaaaaa!
— M-mas, isso significa que você morrerá junto, Luis. — o Fênix, já de pé, não queria matar o amigo.
— Não se importe comigo... Confie em mim e pulverize essa mocreia com o seu golpeeee!
— Me soltaaaaa, seu nojentooooooo! — ela se debatia.
— Precisamos salvar o mundo, Wander. Não tenho forças para lançar outro Cólera do Dragão. Ela me feriu mortalmente. Você é a nossa única salvação.
Wander relutou, pensou. Uma lágrima escorreu. E então ele se lembrou, voltando ao passado...
Relembrou daquela lição e o seu cosmo ardente queimou como devia.
— Sinto muito, Luis, mas a paz na Terra é o principal!
Luis sorriu e fechou os olhos; uma lágrima saía dos seus olhos.
— Pare, Fênixxxxx! Você vai matar o seu amigo tambémmm! — repetia Jediah, tentando chantageá-lo.
— AVEEEEEE FÊNIXXXXXXXXXX!!!!!!!!!!!!!
Jediah foi atravessada no peito, caindo em agonia no solo. Luis também foi ferido mortalmente. Wander e Ed se aproximaram, vendo o colega com aquele rombo no peito e cuspindo sangue pela boca.
— Eu sinto muito, Luis... — desculpava-se Wander.
— Ahaha... — cuspia sangue. — Esse seu amigo foi um idiota. E-eu... — Jediah estava prestes a morrer.
Então Luis parou de respirar... Ed e Wander começaram a chorar, lamentando a morte do incrível companheiro que ofertou sua vida para salvá-los.
Porém...
— Por que estão chorando? Ai, ainda dói um pouco. Odeio quando isso acontece...
— Lu-luis? — Wander estava incrédulo.
— M-mas como? — Jediah, nos últimos suspiros, começava a se afogar no próprio sangue que cuspia, tamanho era o choque por ver Luis ainda vivo.
— Ora, eu lancei o meu golpe. Vocês esperavam o quê? O meu golpe supremo é o SETE VIDAS DE HIDRA.
Hidra, na mitologia, possuía sete cabeças que sempre voltavam à vida, esqueceram? O meu golpe é semelhante: inflo o meu cosmo ao máximo para lançá-lo, e ele me permite ter sete vidas, em vez de uma. A primeira eu perdi agora. Ainda me restam seis. Como ele exige muito de mim, só posso usá-lo uma vez na vida.
Wander e Ed, rindo e chorando ao mesmo tempo, não sabiam se esbofeteavam Luis ou se o abraçavam. O cavaleiro português era, de fato, um gajo muito espirituoso. Jediah faleceu com uma expressão de ódio na face. E a fenda do portal aumentou um pouco mais.
TEMPLO DE MARTEDaniel, Eduardo e Matheus acabavam de chegar no quarto templo, Marte, vindo do templo vazio da Terra. Lá dentro, o cosmo ardente do Planetário protetor os aguardava para outra batalha.
CONTINUA EM DUAS SEMANAS...
Números da Semana: 15 26 29 23 46